Filho de grande poeta, eu sempre quis escrever. Desde garoto arrisco uns versos lá e cá. Tínhamos uma enorme biblioteca em casa, estímulo à leitura e ouviamos as belíssimas declamações de meu pai. Escrever sobre o amor é, talvez, um dos maiores desafios, ao mesmo tempo em que é o assunto preferido da grande maioria dos poetas: amar é simples, é sem explicação, guia-nos os passos na vida. Quero compartilhar aqui alguns versos de minha autoria que guardo com carinho. Quem me dera se a frase "Filho de peixe, peixinho é" funcionasse para mim.
Amar é ter a alma louca, sabendo-se amante
E imensa loucura, sentindo-se amado.
É ter, no próprio corpo, a dor mais delirante
Por desejar, pelo outro corpo, ser tocado.
É sempre ter no rosto a expressão de contente
E rir-se à toa, sem nenhum motivo aparente;
Julgar que até na tristeza há qualquer coisa bela.
É tentar entristecer para os outros o semblante;
Imaginar que lhes esconde amor tão vibrante,
Sem saber que quanto mais se oculta, mais se revela.
Amar assim, de paixão ardente,
É sentir saudades do outro ser amante.
Como se fosse um sofrimento latente
Morrer de saudade a todo instante.
É ter nos lábios cantigas, sonhos num beijo;
Nos olhos espanto, volúpia, desejo.
No coração saudades: prazer e dor.
É rir para vida, de alegrias viver,
Sorrir para a morte e, sempre, renascer.
Isso sim, é sentir amor.
Alexandre Lênin Carneiro
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Aeeee... gostei. Sem apelação e em um bom ritmo!
ResponderExcluirfui...
Eu gostei de verdade.
ResponderExcluirDá até vontade de se apaixonar novamente.
Não tenho dúvidas que o ditado do peixe...
funciona.
Grande abraço,
Do seu irmão Godoi.
Obrigado, mano.
ResponderExcluirGrande abraço.
Valeu, Kenneth. Abração
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